A história da panificação remonta a tempos pré-históricos, com o cultivo de cereais e a produção de farinha, evoluindo desde pães simples feitos com água e farinha cozidos em pedras até a complexidade da panificação moderna. A descoberta do fermento, especialmente no Egito Antigo, foi um marco crucial, permitindo a criação de pães mais leves e macios. Os primeiros pães eram achatados e feitos com grãos como trigo, cevada e aveia, frequentemente cozidos em pedras quentes ou sob cinzas. Egito Antigo (c. 4.000 a.C.) Os egípcios são creditados com a descoberta da fermentação do trigo e a produção de pães mais elaborados, com o fermento tornando-se um ingrediente chave. Aprimoraram técnicas de panificação e desenvolveram fornos mais avançados, com a panificação tornando-se uma prática comum e o pão um alimento fundamental. A panificação se expandiu pela Europa, com a introdução de moinhos de água e vento para moer grãos. Houve avanços tecnológicos significativos, como a moagem de farinha em larga escala e o desenvolvimento de fornos comerciais, marcando a transformação da produção de pão. A panificação chegou ao Brasil com a colonização portuguesa, que trouxe novas técnicas e ingredientes, combinando-se com tradições indígenas e africanas, resultando em pães únicos e diversificados. A influência italiana também foi marcante, especialmente em Minas Gerais, com a proliferação de padarias e a popularização do consumo de pão. O pão francês, embora popularizado na França, tem suas raízes na história da panificação brasileira e é um alimento essencial na cultura do país. O processo de fermentação, descoberto por acaso no Egito, permitiu que o pão se tornasse mais leve e saboroso. A descoberta de restos de pão pré-histórico com 14,4 mil anos na Jordânia indica que a panificação é ainda mais antiga do que se pensava, possivelmente anterior ao desenvolvimento da agricultura. O pão tem sido um alimento básico e um símbolo cultural em muitas civilizações, refletindo a história da humanidade e suas transformações.